sábado, 24 de outubro de 2009

Profissionais

A busca de objetivos é uma questão muito pessoal. Alguns querem muito e outros se contentam com pouco. Em qualquer situação deve-se buscar sempre o melhor, mesmo que em pequenas quantidades.

Vamos imaginar que somos jogadores de futebol e que começamos nossa carreira jogando num time pequeno. Gradativamente por merecimento vão surgindo convites para se jogar em times maiores, até que se chega num grande time. Lá encontra-se outros grandes jogadores e de repente não somos o melhor daquele time, pois vários outros craques como nós estão lá. Seja qual for o time que se joga, grande ou pequeno, deve-se sempre fazer gols. Quem define se um profissional é bom ou é ruim não é o tamanho da empresa que ele trabalha, mas suas atitudes e os gols que são feitos.

Em nossas vidas questionamos muitas vezes as condições que nos são oferecidas para trabalhar, esquecendo-se que muitas vezes as dificuldades são quem mais nos ensinam. Um dos grandes gênios que tivemos, escultor e entalhador chamado Antonio Francisco Lisboa, mineiro, mais conhecido como Aleijadinho, deixou-nos verdadeiras obras de arte através de suas esculturas. O curioso é que o Aleijadinho era deficiente físico e suas mão eram deformadas. Ele empunhava seus instrumentos de trabalho com a ajuda de panos para doer-lhe as mãos. Neste caso o mérito seria das ferramentas, dos panos ou de sua perseverança, dedicação e esforço pessoal? Imagine-se, é claro, o que faria esse grande brasileiro que foi, se não fosse deficiente? Tenhamos cuidado com a resposta óbvia que podemos dar, pois “é nas crises que encontramos as soluções”!

O mundo de hoje não tem espaço para amadores. Só os profissionais sobreviverão com um trabalho digno. Lamentavelmente esta é a realidade. Não se trata somente de uma questão de instrução pedagógica, mas de caráter, relacionamento, capacidade de decisão, visão estratégica, comportamento, compreensão, discernimento, paciência, dedicação e participação. Note-se a grande quantidade de engenheiros, advogados e outros profissionais com diploma de curso superior encontram-se desempregados, enquanto outros tantos encontram-se desenvolvendo atividades totalmente diferentes de suas formações. A proliferação desenfreada e exclusivamente de interesses comerciais de faculdades com o rótulo de acesso para todos ao ensino superior parece mais a lábia de convencimento de um vendedor fascinando um comprador, sedento em satisfazer um antigo sonho de conseguir, a qualquer custo um diploma para ser chamado de doutor sem sê-lo. Diga-se de passagem que várias empresas sérias não se contentam com a formação quando o cargo requer a especialização, mas também com o nome da instituição formadora.

Grandes empresários do cenário atual como Abílio Diniz, João Carlos Paes Mendonça, Artur Sendas, Bill Gates, Antônio Ermírio de Morais, entre tantos outros são exemplos de dedicação e sucesso para todos. Construir impérios não é questão de sorte nem de formação. Trata-se de dedicação, perseverança, esforços, abdicações de muitas coisas e acima de tudo a deparação com as dificuldades que os caminhos nos trazem. Não interessa a profissão que se escolha para abraçar na vida. O importante é que sejamos os melhores, seja num time de várzea ou num time da primeira divisão. Quer ser cortador de cana? Seja o melhor cortador de cana. Você vai aprender muito mais do que imagina. É só esperar. O tempo é senhor de tudo.

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